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terça-feira, 19 de junho de 2012

Mais sobre o BF e a criminalidade

Outro problema que deve ser levantado sobre o artigo da galera da PUC e Banco Mundial sobre o papel da expansão do BF na redução da criminalidade em SP é a interpretação equivocada que os autores fazem do resultado das regressões (“our results suggest that the reduction in inequality determined by the program was accompanied by reduced crime rates, reinforcing the connection between inequality and crime stressed before in the literature.”, ou na carta de JPMP para RA: "Encontramos que o crime caiu mais fortemente no entorno das escolas com mais alunos de 16 e 17 anos. Por isso a inferência de que o Bolsa Família causou queda na criminalidade em SP.").

O coeficiente negativo para o número de jovens recebendo BF nas escolas identifica quanto a criminalidade se reduziu no entorno da escola relativamente ao resto da cidade de São Paulo.

Por exemplo, digamos que o Bolsa Família aumentasse a freqüência escolar dos jovens de 16-17 anos (algo que os autores não tentaram demonstrar, mas que pode ser medido usando dados como o PNAD). Se jovens criminosos cometerem crimes predominantemente longe de suas escolas - uma hipótese plausível, pois assim reduziriam a chance de serem reconhecidos – então é perfeitamente plausível que o BF tenha apenas o efeito de deslocar o local da criminalidade para longe das escolas freqüentadas pelos jovens criminosos.

Repito: não há absolutamente nada na equação estimada no artigo da galera da PUC que implica que o BF tenha reduzido o total de crimes em SP. Qualquer afirmação neste sentido, como aquelas supra-citadas no primeiro parágrafo, é errada.

94 comentários:

Tecnicamente, essa é a principal ressalva que se encontra na crítica do RA.

isso sim e uma critica cientifica. O que nao pode eh um jornalista que nunca fez uma regressao sair por ai criticando cientistas por motivos politicos.

Boa. Então, pelo que vemos, dá para imaginar a confusão que fica na transmissão das conclusões das equações (fora a estratégia econométrica e questões metodologicas diversas) para as 'deliberações finais' do autores e daí os relatórios do do financiador do estudo (Banco Mundial?) e então para a imprensa, para o PT (ou outro uso político). De tudo isso, no mínimo temos a velha crítica para o extremo cuidado nas conclusões na nossa 'ciência' lúgubre. Pelo menos nesses debates essas questões todas voltam à tona (tava num marasmo só).

Concordo que é possível os jovens cometerem pelo menos uma parte dos crimes "predominantemente longe de suas escolas". Mas me parece que é um non sequitur dizer que o BF poderia ter o efeito de "deslocar o local da criminalidade". Afinal, se o motivo é não serem reconhecidos, isso já aconteceria antes, e não vejo como o BF poderia estimular ainda mais esse deslocamento.

A tréplica do RA (não sei se alguém já postou aqui), o velho vermelho x azul (phoda):

http://veja.abril.com.br/blog/reinaldo/geral/bolsa-familia-e-violencia-economista-confessa-nao-percam-como-fez-sua-pesquisa-e-acha-que-se-me-agredir-e-me-xingar-vai-provar-que-esta-certo-ele-explica-quase-tudo-menos-o-essencial/

"Afinal, se o motivo é não serem reconhecidos, isso já aconteceria antes, e não vejo como o BF poderia estimular ainda mais esse deslocamento."

Estimularia esse deslocamento se o BF aumentar a matricula dos alunos.

Continuando...

Se a criminalidade cai no entorno das escolas relativamente ao resto da cidade de São Paulo por causa do BF;
se a criminalidade no resto da cidade de São Paulo não aumenta, por causa do BF, na mesma proporção da queda no entorno das escolas;
então
o Bolsa Família causou queda na criminalidade em SP.

Acho que faz sentido.

Mas só se os alunos estudassem longe de suas casas não? Se eles estudam perto de casa, eles já eram reconhecidos antes, não?

"Estimularia esse deslocamento se o BF aumentar a matricula dos alunos."

Como o fato de o cara estar na escola mudaria a preocupação de ser reconhecido na comunidade? Não entendi "O".

"O", o grande ponto é que, se as matrículas forem de alunos que já moram na vizinhança, esse efeito deslocamento seria pequeno, pois eles já roubavam longe de casa.

Então, para interpretar como sendo esse o efeito, as matrículas teriam que ser em escolas longe do local de residência dos infratores.

"O" dá uma lida na seção 5.2 do artigo. Lá parece que eles lidam exatamente com a possibilidade de 'spillovers' contaminarem o resultado.

O mundo está cheio de pê-agá-dês (como dizia o Millôr) de Stanford, Princeton, Harvard,etc. Não quer dizer que todos sejam gênios e nem que sempre acertem. Tem muita bobagem produzida por professores dessas mesmas universidades, especialmente fora das ciências exatas. O artigo fala de grupo de tratamento e grupo de controle. Caro anônimo, isso é conhecimento pseudo-científico, que as pessoas acham que é científico porque você foi criado após o surgimento do positivismo. É necessário, ajuda, mas não é necessáriamente verdadeiro (e por isso mesmo, na medicina, um tratamento que cura um não cura o outro). Conhecimento científico, que merece esse nome, é o que me permite levantar uma pedra e prever que se eu soltá-la ela cairá. Nas 10, 100 ou 1000 vezes que eu fizer experimento, obterei o mesmo resultado. Isso é conhecimento científico. Uma pesquisa que é desmontada em uma hora de raciocínio lógico e confronto com outros dados está a anos-luz de distância disso. E para terminar, lembro que as boas universidades americanas adoram bolsistas brasileiros, como esse professor, porque a Capes paga o curso integralmente, o que não acontece com a maioria dos alunos americanos, que sempre têm algum tipo de bolsa. Além disso, os brasileiros (e demais estrangeiros) contribuem para a “diversidade cultural” do ambiente. Assim, elas sempre reservam uma cota para tais estudantes. É preciso sempre se perguntar (se formos dar importância para isso,claro): o sujeito entrou por mérito ou “na cota”? Aliás, é o que as empresas brasileiras estarão se perguntando, daqui a alguns anos, devido à política “cotista” do PT para as universidades.

Ele por acaso controla para o aumento do policiamento nas áreas com menores de 16 a 17 em situação de pobreza? Por que, muito mais plausível do que a idéia de que uma merrequinha por mês tenha reduzido a criminalidade, seria a tese de que a polícia concentrou seus esforços justamente nessas áreas...

E ai "O" vai aliviar de novo nesse caso?

http://veja.abril.com.br/blog/reinaldo/geral/a-melhor-coisa-deste-blog-sao-seus-leitores/#comments

Sou só eu, ou o cara falou uma coleção de asneiras com ar professoral? O "mané de Stanford" ta errado em dizer que é de Stanford, já o pluralista iluminado pode dizer que estudou matemática e história na graduação e adm no mestrado e doc . . . vale Arnaldo?

"Se a criminalidade cai no entorno das escolas relativamente ao resto da cidade de São Paulo por causa do BF;
se a criminalidade no resto da cidade de São Paulo não aumenta, por causa do BF, na mesma proporção da queda no entorno das escolas;
então
o Bolsa Família causou queda na criminalidade em SP.

Acho que faz sentido."



Sorry, mas nao faz sentido algum.

"O"

Bueno "O", cada um com sua opinião.

“Ele pode ter acertado no Popper, mas estava mirando no PT mesmo...”

“Se jovens criminosos cometerem crimes predominantemente longe de suas escolas...” “o”
“Consulte as autoridades... e você saberá que os jovens infratores não costumam cometer crimes nos bairros onde moram...”RA
Mirando no PT ele pode ter escrito mais uma coisa certa. Então mirar no PT para falar mal de alguma coisa você já está certo...

e isso aqui vale arnaldo ?

http://veja.abril.com.br/blog/reinaldo/geral/a-melhor-coisa-deste-blog-sao-seus-leitores/

O Reinaldo Azevedo é tão cretino, mas tão cretino, que busca até em criaturas mitológicas da Terra Média apoio para seus sofismas...

“"O", o grande ponto é que, se as matrículas forem de alunos que já moram na vizinhança, esse efeito deslocamento seria pequeno, pois eles já roubavam longe de casa. “

Mas o efeito-deslocamento não é o único fator que invalida a inferência que vai de “redução da criminalidade no entorno das escolas” para “redução da criminalidade na cidade”. Podemos contar várias narrativas diferentes (exemplo: aumentou-se o policiamento perto das escolas grandes em 2008). A questão é que a estratégia empírica usada no artigo foi desenhada para identificar o efeito do BF na criminalidade no entorno das escolas relativamente à média da cidade. Não existe nada no artigo que identifique o efeito do BF na média da cidade.

Ao aumentar a frequência escolar de alunos entre 16 e 17 anos, o Bolsa Família teria diminuído o número de crimes cometidos perto da escola e aumentado o número de crimes cometidos perto de casa?!?!

Isso é uma ginástica contorcionista intelectual da melhor espécie! Um primor de lógica!

Pô, tô começando a respeitar mais a astrologia. Existe tal cátedra em Stanford?

Quem vai ser o próximo, o Frodo?

A 'tréplica 2' do RA vale mais pelo final do 'Voltei': "O esquerdismo chulé vigente em boa parte das ciências sociais brasileiras tem servido de biombo para muita embromação “do outro lado”. E esse “outro lado”, que acaba servindo ao lado de sempre — o poder —, pretende pôr números onde Marilena Chaui põe só ideologia, mas o propósito é o mesmo.". Esse é o ponto. O jogo por trás é político. A academia não é uma torre de marfim. Se as conclusões têm impactos políticos, ela pode (e ainda bem que é) criticável politicamente, sobretudo em blogs ao estilo do RA. Se o estudo for à prova de refutação, que provem. Que utilizem os critérios de falseabilidade e provem. Mas não pode ser uma 'vaca sagrada', quase inimputável como os políticos e os silvícolas por ser um trabalho 'científico'. PS. Creio que é mais útil os comentários sobre o artigo em si: afinal, tem falhas ou não? Se tem, o RA mandou bem. Se não tem, que o refutem (creio que ele saberá voltar atrás)! Abraço, F.

Este debate todo serviu para mostrar que o RA não entende bulhufas de economia e desqualificá-lo perante um público de economistas, muitos que gostam o blog do cara. Ele pode até ter acertado em algumas críticas, mas no processo mostrou:
- que não entende a diferença entre correlação e causalidade
- que não consegue diferenciar bons comentários da pseudo cientificidade da critica básica "aluno-de-graduação" que estudou metodologia e não entendeu nada
- que de fato tem um texto engraçado

Tem gente aqui dizendo que o cara entrou por cotas em Stanford, entrou por cotas e é positivista, ta explicado

Não satisfeito em escrever bobagens e se expor ao ridículo RA agora expõe seus leitores ao ridículo. O novo capítulo da disputa é assinado por um leitor de RA que assina como Gandalf. O cidadãos e apresenta com credenciais acadêmicas. Me estranha alguém que se apresenta como cientista sério tecer comentários sobre um texto que não leu.

Não entro no mérito do texto, até porque não li e não vou ler. Sou crítico de econometria e não tenho motivos para ir a público defender estudos econométricos, nem muito menos estes estudos me impressionam. O que chamou atenção neste caso foi a assustadora capacidade de RA de transformar qualquer coisa em parte da disputa política e sua leviandade de envolver pessoas que ele não conhece.

Me pergunto o que um cara destes faria se tivesse algum poder. Demitiria pesquisadores que chegassem a conclusões que não o agradassem? Mandaria prender? É assustador que o arauto da liberdade não se intimide de agredir quem chega a uma conclusão diferente da dele.

Antes que alguém me pergunte, minha reação seria a mesma se o texto fosse assinado por professores da Unicamp. Rejeito a arrogância pretensamente intelectual e a intolerância venha de onde vier e contra quem quer que seja.

Roberto Ellery

Vejo muita gente batendo palmas para o maluco do RA dançar. Triste é ver o "O" Anonimo fechar os olhos para isso. Com tudo isso, o RA mostrou ser um calhambeque sem motor, desconhecendo:
i - metodologia;
ii - contrafactual;
iii - diferença entre correlação x causa
iv - e, com esse post (http://veja.abril.com.br/blog/reinaldo/geral/blog-de-renomado-economista-reconhece-que-minhas-objecoes-sao-procedentes-aponta-erros-no-estudo-do-%E2%80%9Cphd-de-stanford%E2%80%9D-mas-me-ataca-mesmo-assim/?utm_source=feedburner&utm_medium=feed&utm_campaign=Feed%3A+ReinaldoAzevedo+%28Reinaldo+Azevedo%29) ele prova que nao consegue diferenciar nem quando os textos aqui neste blog pertencem ao Alexandre ou ao "O" Anonimo.

Em resumo, o cara é um bolha que confunde visão política com doença e TENTA bater em qualquer estudo cujo o resultado seja diferente daquele que deseja.

Não bata palma para maluco dançar, O, você tem caneta para muito mais...


The Anchor


PS: Legal é ver a seita, geralmente presente na caixa de comentários do RA, vazando aqui para o MV.

e o Alex fica lambendo o saco do cara...Afinal sabe que tem teto de vidro, porque o Reinaldo achou o erro dele...Alex, don't be scared homie!

Realmente, ter sido chamado de "blogueiro" desestabilizou emocionalmente o RA e, atingido certeiramente no ego, partiu para a baixaria. Diante dessa forte emoção, esqueceu-se do fato (pequeno detalhe que destruiria todo seu argumento) de SP ser o estado campeão do BF, junto com Minas e Bahia. É óbvio que esses bilhões de reais tiveram algum impacto na redução da violência, agora, mensurar isso...
Aí que está o problema da pesquisa da PUC.

Piada pronta: até o Mago do Senhor dos Anéis entrou na polêmica. E ele é doutor pela USP. Vejam o nível que está o debate no blog do RA.

É chato quando alguém te tira todas as vestes! Recomendo ler mais Reinaldo Azevedo!

James, James...vem misturar números absolutos em uma discussão sobre índices per capita de criminalidade...bom, acho que vale tudo pra salvar a honra da econmetria, né?

"Me estranha alguém que se apresenta como cientista sério tecer comentários sobre um texto que não leu.

Não entro no mérito do texto, até porque não li e não vou ler. "

É raro a gente ver alguém cair em contradição em apenas uma quebra de linha...

Anonimo,

Isso você terá que perguntar para o Mago do Senhor dos Anéis, agora a realidade mostra que: SP, Minas e Bahia, são os estados que mais recebem o BF.
Negar que o aumento de renda é um dos fatores que fazem a violência cair é um trabalho ingrato que eu deixo para você.
Aliás eu acho até uma vergonha um estado rico como SP ser um dos que mais recebe o BF junto com Minas e a Bahia, mas isso é questão de opinião.

O anônimo das 18:39 fez o que muitos adoram fazer pra tentar demonstrar algum poder de argumentação inexistente: atribuiu ao interlocutor o que ele não disse pra fingir que consegue refutá-lo. Li e reli o último post do Reinaldo Azevedo e em momento algum ele afirma que os posts que ele transcreve são do autor A ou B. Os itens I, II e III são tão falsos quanto o IV.

Resumindo o que li por aqui, a maioria critica o fato do Reinaldo Azevedo ter criticado um trabalho acadêmico de um ponto de vista político (sendo que o próprio trabalho traz conseqüências claramente políticas), e não o teor da crítica. Parabéns, continuem assim.

O índice de precipitação pluviométrica em São Paulo aumentou em 19,36% entre 2008 e 2010. Logo, o aumento da chuva reduz a criminalidade, como comprovam os resultados da regressão linear (correlação = 99,9%).
O fato de sermos economistas não nos exime da responsabilidade sobre nossas escolhas morais, políticas etc. Se até um "blogueiro" consegue pulverizar o trabalho "duro" de um economista, francamente...

Não sei, como já acusaram aqui, se meu dinheiro de contribuinte está sendo gasto para formar doutores assim, como nosso em questão. Se está, me sinto lesado. Deixando de lado todas as ofensas pessoas, existem algumas coisas importantes a destacar:
1. Só porque alguém é doutor em uma área específica isso não o livra a cara de críticas do "senso comum", simplesmente dizendo que as pessoas "não entendem". Se faça entender, ora bolas;
2. RA é um jornalista, não tem obrigação de conhecer a parte técnica de economia, não é ele o dotor. Claro que ele critica o resultado, principalmente porque é uma pesquisa sim de caráter político;
3. Estamos em um país livre e democrático e até os doutores podem ser criticados, principalmente o quando o tema de suas pesquisas está ligado diretamente a assuntos políticos, afinal tantas outras variáveis importantes para comprovar a queda da criminalidade em SP, porque justamente o BF?
4. Se foi criticada por um mero "blogueiro" é porque tem um furo ridículo que envergonha a classe de economistas do país;
5. Se gerou polêmica, mas uma vez se comprova que tem um fundo político, apesar de RA ser acusado de crer na teoria da conspiração;
6. Detesto positivistas..!!! Abraços

Afinal, falta alguém de econometria de painel que tenha a coragem (ou anonimamente, mas respaldado por alguém) que diga: afinal, há problema ou não nas conclusões do cidadão? Exceto pela voadora do RA na tréplica 2 (em resposta a uma voadora mal sucedida na réplica), o post dele inicial não tem nada maluco. Só diz que foi baboseira. É só responder que não foi baboseira por 'a', 'b', 'c'. E, se provado, o RA é que fica desmoralizado. O curioso é que, mais uma vez, sai um monte de gente (alguns que vi aqui com ótima reputação, mas simplesmente fazendo corporativismo; acadêmico que eu respeito - e não tenho pq elogiar à toa, tô no anônimo) simplesmente batendo porque alguém apanhou com um motivo. Esse motivo pode ser falso. É questão de provar. Mas aí é trabalho para economista traquejado nas forças das trevas. O RA, sem ser economista (é tudo, menos economista, lol), parece ter apontado o telhado de vidro da econometria de cross section de produção em massa em cima de qquer base de dados que se arrume (o tradicional é a PNAD). Ok, o RA bate. Mas já tá boboca esse papo de 'nossa, que deselegante o RA'. Ué, pelo tom da réplica, o RA parece ter tido mais uma vez o faro para ver carne podre. Pô, se alguém bacana aqui justificar a parte do entre aspas da matéria, acaba o problema (ou ao menos deixaria de ser uma conversa de surdo, mudo e cego). Pelo menos uma vantagem imediata: há posts aqui que já tão indo no lado técnico. Falta algo que sistematize e ilumine (ou deixe menos no escuro) a turma toda. Tomara que alguém tenha coragem, paciência e tempo.

"SP, Minas e Bahia, são os estados que mais recebem o BF. "

hum, mas será que isso tem a ver com o tamanho da população?

;^)))

"É raro a gente ver alguém cair em contradição em apenas uma quebra de linha..."

Não fiz sequer um comentário sobre o texto a respeito do bolsa família. Todos os comentários que fiz foram com referência aos comentários de RA e de um tal Gandalf. Onde estou em contradição?

Nossa, show de horrores os comentários no blog do RA. Agora, esse JMPM conseguiu algo inédito na história da academia, conseguiu ter um paper esculachado por um blogueiro genérico e sua claque. Depois dessa ia vender coco na praia. Muito pior do que o Oreiro ser esculachado pelo "O".

Enquanto o esprit des corps faz beicinho de indignação, passa hidratante nos cotovelos e chama RA de feio e de bruto, o resumo da opereta é, na MELHOR das hipóteses, a seguinte: o cara é sério, o método um primor e o trabalho duro, pena que a conclusão seja uma titica mole. Ninguém assina embaixo.

Impressionante como os que criticam o post do RA fogem do mérito. Aliás, este blog aqui também questionou o mérito da pesquisa e, ao que me parece, chegou a conclusões próximas às do jornalista. Em vez disso preferem criar espantalhos (o post que deu início à celeuma não faz uma menção ao PT), induzindo a erro o Alex, sempre tão atento ao núcleo das questões e desapegado das perfumarias retóricas. Chato também é tirar a maior onda com um pseudônimo (tá bom, Gandalf é coisa meio abestalhada mesmo), mas esquecer o que o cara da Terra Média (é isso mesmo?) escreveu. A quantidade de publicações que falam besteira ao aplicar econometria às ciências sociais é de fato um espanto.

Big Head

hahahahaah!
o maovisivel caiu!
leitores do RA estão migrando para cá. pelo jeito vou ter que esperar umas duas semanas até recomeçar a ler o blog.
#voltaalex!

a) india e indonesia por exemplo tem renda per capita menor que brasil, mas porque entao o indice de criminalidade eh menor nesses paises?

b) a renda e o desemprego melhorou em sao paulo desde 2002 porem nunca houveram tantas invasoes a predios e bares

a+b = nem renda nem BF parecem explicar isso.

Cacete! O JMPM não quis, em momento algum, explicar a evolução da criminalidade em SP. Ele quis apenas verificar se havia um spillover do bolsa-família para a criminalidade. E usou dados de SP porque foram os únicos que encontrou. O trabalho tem problemas? Parece que sim. Há sérias dúvidas sobre a validade do instrumento utilizado. Há dúvidas sobre a questão espacial do crime - jovens cometem crimes perto de suas casas? (os autores, contudo, fazem esta ressalva no próprio paper). A conclusão é de que em lugares (escolas) onde mais famílias recebem bolsa-família, o crime caiu mais - comparativamente a escolas onde menos famílias recebem o benefício. O texto não tenta em momento algum explicar a queda na violência em SP, mas os autores acabaram deixando à mostra a corda por meio da qual estão sendo enforcados: tentaram fazer um cálculo de quanto teria sido a queda na criminalidade em 2006 se o grau de cobertura do bolsa-família fosse o mesmo de 2009 - segundo eles, 21%. Aí está o problema. Mas isso não invalida as conclusões do trabalho.
Por outro lado, o Reinaldo não fez nenhum questionamento desses acima. Ele implicou com o fato de a criminalidade ter aumentado no Nordeste. Bem, mas pode ter acontecido de a criminalidade ter aumentado menos nas regiões com maior cobertura do bolsa-família. Extrapolar estudos sobre violência é uma tarefa hercúlea, que os autores do artigo não fazem.

O Reinaldo pegou o peagadê com as calças na mão.
E depois pegou você também com essa necessidade esquisita de desqualificá-lo antes de endossar o que ele escreveu e rasgar seda para o outro antes de refutar o que ele disse.

Sinceramente, acho que todo esse debate deixou a nu economistas de todos os naipes. Depois que o Sargent, prêmio nobel (dado pelo banco central da suécia) disse que não sabia explicar a crise, todos os economistas sofrem o risco de serem carimbados como manés. Veio o mané de Stanford, logo virão outros manés. A turma de economista terá que se esforçar, na contra mão da onda liberal, para defender seu espaço.

Desculpe Alex, mas creio que voce nao sera mais bem-vindo na PUC-RJ a partir de agora...

a discussao deixou de ser cientifica e passou para guerra de egos. Primeiro RA que obviamente se acha o dono da verdade (assim como o PT que ele critica) e agora os autores do trabalho que parecem nao aceitar a critica e colocam o PHD na frente dos bois.

"Reinaldo acertou, mas para que não me olhem torto é preciso alfinetá-lo."

"O"
Não costumo entrar muito no Mão Visível porque os seus comentários, na maioria das vezes, são sobre trabalhos de macro. Principalmente aqueles feitos pelos keynesianos de quermesse.
Muito boas suas críticas ao trabalho do JMPM. Gostaria de ler mais críticas aos trabalhos empíricos de micro.

"O" escreveu, como história para invalidar o instrumento:
"aumentou-se o policiamento perto das escolas grandes em 2008"

Mas eles tem efeito fixo de escola e controlam para número de alunos (e até pra alunos em escolas próximas).
Teria que ser um aumento de policiamento específico em áreas que passaram a ter mais alunos de 16-17. É uma hipótese na tendência, não simplesmente na fração de 16-17 anos. Certo? Fica mais complicada a hipótese alternativa.

O paper foi apresentado em uma série de seminários em boas escolas, tá em revisão para uma revista extremamente qualificada e as pessoas aqui estão pontuando problemas supostamente básicos. Ou os revisores da American Economic Association são muito ruins ou só tem gênio aqui.
Taí Alex e O um problema de blogs: seria bom delimitar terreno. Podemos discutir relações entre criminalidade e programas de transferência de renda (ou o que vocês quiserem), mas avaliar paper?! É isso mesmo?
Abraço fraterno (foi este o termo da bandeira branca do RA?, pois eu acho que tá todo mundo da blogosfera econômica com medo dele),
Guilherme

Ah não, o abraço da bandeira branca foi "sereno". Tá tudo bem, mas quando virar Mané de Berkeley e Mané de Harvard(?) a gente vê como fica.
Att,
Guilherme

O debate perdeu toda a racionalidade.

O "O" fez uma crítica e uma sugestão. Acho que a crítica está em parte equivocada, mas faz parte do jogo e da discussão.

O problema é que tocaram em um tabu. Os radicais são monocausais: crime é exclusivamente uma decisão racional de custo de oportunidade, risco de ser apanhado e tamanho da pena em sendo pego. Coisa de vagabundo! Logo o encarceramento em massa é a única solução. Prendam e arrebentem!

A patrulha da direita delirante é terrível. JMPM e co-autores, bem vindos ao clube.

O BF pode aumentar a matrícula nas escolas, mas, não garante que o aluno esteja assistindo todas as aulas, todo dia.

Anônimo-19 de junho de 2012 17:13.
Meio fora do tema, mas, pode não ocorrer esse "efeito cota". Mas, pode haver que pessoas com curso superior exerçam funções de pessoas com segundo grau. Ou seja, exercendo cargos aquém do exigido pela formação superior e recebendo aquém do que poderia receber pela formação superior.

Eu tenho a sugestão de um tema:

"Influência da Boçalidade de Parte dos Internautas de Direita no Terrorismo Eleitoral Praticado Pelos Petistas nas Eleições Presidenciais"

Um artigo pode ter sido escrito por um bom pesquisador e ter sido publicado em um periódico de primeira linha e, mesmo assim, ser passível de críticas, mesmo que por leigos.
Talvez a Economia, principalmente o ramo aplicado, tenha muito a aprender com a Medicina Baseada em Evidências, que prima pela avaliação crítica da evidência científica disponível.

Nem sei se vale mais à pena fazer alguma ponderação às críticas do "O", embora eu as tenha. Mas é engraçado ver que sobrou para parte dos que a ele se alinham e devem curtir suas inúteis diatribes contra os "petralhas" (há uma nítida correlação entre a ascenção de Reinaldo Azevedo e a do PT no poder). O Alex foi, nem tão sutilmente, aconselhado a se livrar do "O"; hoje os economistas liberais são acusados de terem sido cooptados pelo PT. É, Reinaldo pode ter deixado o comunismo, mas o comunismo não deixou o Reinaldo.

Outra, da imensa lista de falta de coerência (lógica?) do Reinaldo Azevedo: após denunciar a arrogância de alguém que usa seu título como argumentação, ele vem com a argumentação por títulos, destacando o apoio que recebe de dois blogs de renomados doutores em economia...

os autores não conseguem fazer o mesmo estudo para o Estado de São Paulo, ao invés de distritos escolares na cidade de SP? Aí não haveria mais o problema relacionado onde acontece os crimes – a não ser que os sábios aqui achem que os criminosos viajam para outras cidades para cometer crimes.


PhD pela UNIBAN

Um pouco mais; novo post do RA.

http://veja.abril.com.br/blog/reinaldo/geral/economistas-liberais-foram-direta-ou-indiretamente-estatizados-ou-cooptados-pelo-petismo-ate-eles-quando-contestados-respondem-%E2%80%9Cseu-seu-antipetista%E2%80%9D-e-a-caca-as-bruxas-como-pa/

Entre "todo criminoso é um vagabundo e merece uma azeitona na testa" e "todo criminoso é uma vítima porque foi bolinado quando criança por um capitalista" fico com a imagem do Lula, Maluf e Haddad rindo.

Galego: “"Influência da Boçalidade de Parte dos Internautas de Direita no Terrorismo Eleitoral Praticado Pelos Petistas nas Eleições Presidenciais"

Menos galeguinho... boçalidade por boçalidade, antes do PT chegar ao poder, não se via energúmenos como o Poquimão na presidência do IPEA, e a caixa de comentários do blog do RA não é de modo algum pior que a caixa de comentários dos blogs governistas/estatais.

“Outra, da imensa lista de falta de coerência (lógica?) do Reinaldo Azevedo: após denunciar a arrogância de alguém que usa seu título como argumentação, ele vem com a argumentação por títulos, destacando o apoio que recebe de dois blogs de renomados doutores em economia...”

Não entendi, qual o problema?

“O paper foi apresentado em uma série de seminários em boas escolas, tá em revisão para uma revista extremamente qualificada e as pessoas aqui estão pontuando problemas supostamente básicos. Ou os revisores da American Economic Association são muito ruins ou só tem gênio aqui.”

Com um pouco mais de traquejo e experiência, você vai entender que o processo de revisão – mesmo das grandes revistas – é bem falho, e vários artigos com erros graves são publicados. Não me refiro ao artigo da galera da PUC. É um artigo bem feito e, com as devidas correções, tem tudo para ser publicado em uma revista de qualidade.

“Nem sei se vale mais à pena fazer alguma ponderação às críticas do "O", embora eu as tenha. Mas é engraçado ver que sobrou para parte dos que a ele se alinham e devem curtir suas inúteis diatribes contra os "petralhas" (há uma nítida correlação entre a ascenção de Reinaldo Azevedo e a do PT no poder). O Alex foi, nem tão sutilmente, aconselhado a se livrar do "O"; hoje os economistas liberais são acusados de terem sido cooptados pelo PT. É, Reinaldo pode ter deixado o comunismo, mas o comunismo não deixou o Reinaldo.”

Besteira. Você não sabe do que está falando.

"Não entendi, qual o problema?"

Ué, ele denuncia a carteirada, e depois dá duas, quase em sequência.

"Você não sabe do que está falando." Não sei do que estou falando em relação a alguma ponderação a suas críticas ou não sei o que estou falando quando digo que dentro do Reinaldo Azevedo mora um pequeno estalinista que adora patrulhar o que os outros devem ou não, podem ou não, fazer?

JP, sério, esquece isso.
depois dessa semana, ainda que já tenha mostrado em DIVERSAS vezes possuir um puta dum conhecimento em economia, o "O" provou ser de um "petralhismo" da pior espécie.
"não importa o tamanho da besteira que meu companheiro disse, mas por ser meu companheiro aliviarei a situação dele".
to dizendo, o cara não vai largar o osso.

Discordo, anônimo das 18:30. A crítica do "O" é boa, mas dela não se deduz que o Reinaldo está certo, no sentido de que o BF não tem nenhum efeito sobre índices de criminalidade. Pelo que li, as pesquisas são muito recentes. O correto é incentivá-las, não descarta-las a partir de dogmas e de afirmações de "auto-evidência", como faz o ex-comunista que só trocou de religião.

JP, escreve para mim que eu lhe explico - anonimo.maovisivel@gmail.com

Sinto cheiro de pegadinha, mas como pegadinha é amor, e o Ahmadinejad nos ensina que ele supera tudo, então escreverei...

"Com um pouco mais de traquejo e experiência, você vai entender que o processo de revisão – mesmo das grandes revistas – é bem falho, e vários artigos com erros graves são publicados. Não me refiro ao artigo da galera da PUC. É um artigo bem feito e, com as devidas correções, tem tudo para ser publicado em uma revista de qualidade."

Falou o grande acadêmcio, que certamente já publicou diversas vezes nas revistas mais conceituadas do mundo. Francamente...

"Falou o grande acadêmcio, que certamente já publicou diversas vezes nas revistas mais conceituadas do mundo. Francamente..."

"acadêmcio"? Isso seria um nome proprio?

Meus caros,
Só um pequeno comentário sobre o RA e o que o JP escreveu. Acho ridículo o que algumas pessoas fazem em relação à econometria (estatística). Vêem um resultado estatístico (muitas vezes, bastante complexo) e o descartam defendendo uma suposta superioridade de não trabalhar com os dados (vai contra meus feelings). Isto é ridículo mesmo. Agora, é necessário olhar os dados antes de fazer qualquer coisa (que possa corroborar alguma intuição que você tenha). Neste caso e´specífico, fiquei com muita preguiça dos argumentos do RA. Parecia (e acho que era mesmo, ele já fez isto antes) simplesmente o mesmo comportamento descrito acima.
Porém, o RA colocou os dados de criminalidade de SP e do Nordeste. E aí não tem argumento. Os de SP DESPENCAM UMA ENORMIDADE DESDE 99 (e não parece que exista alguma quebra em 08). Os do Nordeste EXPLODIRAM TAMBÉM DESDE O INÍCIO DA DÉCADA!!!! Só de olhar isto, a conclusão é muito óbvia. Alguma relação houvesse entre BF e violência, esta tem que ser muito pequena mesmo. Aposto que os autores não fizeram esta coisa simples (olhar os dados). É só olhá-los e se desiste na hora de se fazer o paper.
Saudações

Meus caros,
Só um pequeno comentário sobre o RA e o que o JP escreveu. Acho ridículo o que algumas pessoas fazem em relação à econometria (estatística). Vêem um resultado estatístico (muitas vezes, bastante complexo) e o descartam defendendo uma suposta superioridade de não trabalhar com os dados (vai contra meus feelings). Isto é ridículo mesmo. Agora, é necessário olhar os dados antes de fazer qualquer coisa (que possa corroborar alguma intuição que você tenha). Neste caso e´specífico, fiquei com muita preguiça dos argumentos do RA. Parecia (e acho que era mesmo, ele já fez isto antes) simplesmente o mesmo comportamento descrito acima.
Porém, o RA colocou os dados de criminalidade de SP e do Nordeste. E aí não tem argumento. Os de SP DESPENCAM UMA ENORMIDADE DESDE 99 (e não parece que exista alguma quebra em 08). Os do Nordeste EXPLODIRAM TAMBÉM DESDE O INÍCIO DA DÉCADA!!!! Só de olhar isto, a conclusão é muito óbvia. Alguma relação houvesse entre BF e violência, esta tem que ser muito pequena mesmo. Aposto que os autores não fizeram esta coisa simples (olhar os dados). É só olhá-los e se desiste na hora de se fazer o paper.
Saudações

"O", não sei se você viu meu comentário anterior. Comentei que a história de mais policiamento em escolas maiores invalidar a estimativa não faz sentido, porque há controles de tamanho de escola.

Há também efeitos fixo de escola, além de outros controles que podem vriar no tempo (número de TVs e computadores na escola, fração de não brancos, etc). Conversei com o Rodrigo Soares ontem e ele falou que eles colocaram controles para número de alunos 16-17 anos também e que isso não alterou os resultados (e o coeficiente é positivo, como seria de se esperar). Isso elimina histórias como o coeficiente estimado capturar aumento específico em policiamento associado a mudanças na composição demográfica correlacionadas com o BF.


Neste contexto, você ainda acha que não há nada no estudo que diga que o BF reduz criminalidade? A história seria essa de que o cara roubava perto de casa, entrou na escola e passou a roubar longe? Não sei se acho isso mais provável do que o cara roubava perto de casa, entrou na escola e, por estar na escola e recebendo o benefício, roubar menos.

O problema é que a maioria das pessoas fica impressionada com o excesso de números, tabelas, percentuais e estatísticas. Aí não prestam atenção ao raciocínio central de uma certa argumentação. Resultado: besteirol acaba passando como verdade científica (isso existe?).
Se não me engano, é um dos métodos que são utilizados para se vencer um debate sem ter razão, conforme exposto por Schopenhauer.
Só fica difícil quando o professrzinho encontra um “blogueiro” que tem o péssimo hábito de prestar atenção na lógica das coisas. Fica ainda pior quando encontra alguém que verdadeiramente estudou o assunto.
Em todo o caso, o final é sempre um: descobre-se o monte de asneiras ditas pelo Mané, que, provavelmente, vai sair por aí acusando os que rebateram suas batatadas de virulentos, comprometidos ideologicamente (só ele que não é) e dirá que os venceu todos. E tudo não passará de um episódio para alimentar a autoglorificação do sujeito em seu clubinho de idiotas úteis.

Austríaco

O problema é que a maioria das pessoas fica impressionada com o excesso de números, tabelas, percentuais e estatísticas. Aí não prestam atenção ao raciocínio central de uma certa argumentação. Resultado: besteirol acaba passando como verdade científica (isso existe?).
Se não me engano, é um dos métodos que são utilizados para se vencer um debate sem ter razão, conforme exposto por Schopenhauer.
Só fica difícil quando o professrzinho encontra um “blogueiro” que tem o péssimo hábito de prestar atenção na lógica das coisas. Fica ainda pior quando encontra alguém que verdadeiramente estudou o assunto.
Em todo o caso, o final é sempre um: descobre-se o monte de asneiras ditas pelo Mané, que, provavelmente, vai sair por aí acusando os que rebateram suas batatadas de virulentos, comprometidos ideologicamente (só ele que não é) e dirá que os venceu todos. E tudo não passará de um episódio para alimentar a autoglorificação do sujeito em seu clubinho de idiotas úteis.

Austríaco

O problema é que a maioria das pessoas fica impressionada com o excesso de números, tabelas, percentuais e estatísticas. Aí não prestam atenção ao raciocínio central de uma certa argumentação. Resultado: besteirol acaba passando como verdade científica (isso existe?).
Se não me engano, é um dos métodos que são utilizados para se vencer um debate sem ter razão, conforme exposto por Schopenhauer.
Só fica difícil quando o professrzinho encontra um “blogueiro” que tem o péssimo hábito de prestar atenção na lógica das coisas. Fica ainda pior quando encontra alguém que verdadeiramente estudou o assunto.
Em todo o caso, o final é sempre um: descobre-se o monte de asneiras ditas pelo Mané, que, provavelmente, vai sair por aí acusando os que rebateram suas batatadas de virulentos, comprometidos ideologicamente (só ele que não é) e dirá que os venceu todos. E tudo não passará de um episódio para alimentar a autoglorificação do sujeito em seu clubinho de idiotas úteis.

Austríaco

Desculpe "O", é que ficou tudo truncado. Não entendi mesmo se a coisa do mail era sério ou algo do tipo: "quer que eu desenhe?" Aí escrevi, mas o mail é inexistente, voltou. Na página do blog consta outro mail. Enfim, a caixa tá imensa, muita ofensa gratuita, mas eu gostei dos posts e acho a questão toda válida de se discutir, sobretudo porque não é economia pura, quando eu me calo e somente leio para ver se aprendo algo.

Na realidade, anônimo das 09:15, os dados da comparação do Reinaldo se referem a homicídios, e esse item é excluído do estudo dos professores da PUC, que se restringe a crimes contra a propriedade. Não sei como eles fizeram a conta, embora pelas magnitudes envolvidas tem-se a impressão que uma queda de homicídios, mesmo que imensa, pode não impactar tanto em taxas que agreguem todos os crimes. A capital, segundo o artigo deles, teria mais de 1,4 milhões de crimes em quatro anos, sendo que houve por volta de 24 mil homicídios no estado no mesmo período (em Sampa, então, teve ainda menos). Fala-se muito em "taxa de criminalidade", mas como ela é medida? É a simples soma de todos os crimes cometidos? Recentemente, vários alguns tipos de crime cresceram no Rio e em SP, apesar da queda no número de homicídios. O que se deu no nordeste? Aumentaram também? Quanto? É evidente que há uma relação entre homicídios e níveis de violência/criminalidade, pois é o número de assassinatos que é o mais mencionado, seja em termos de segurança pública, seja na literatura (ao que me pareceu), mas certamente eles não nos dão todo o quadro.

Desculpe-me JP, o e-mail eh

oanonimo.maovisivel@gmail.com

Espero o seu contato.

Meus caros,
Um último comentário. Eu vi o paper muito rapidamente e não conheço muito a área de criminalidade. Mas acho que estamos confundindo alhos com bugalhos. Vendo o último comentário do JP, confesso que estou perdido. Os crimes patrimoniais no Nordeste também explodiram no período? Ou foi só os crimes violentos? E em São Paulo? Houve uma queda brutal dos crimes patrimoniais? Sei que houveram com os homicídios, mas não sei em relação aos crimes patrimoniais. Como a população tem muito mais receito da criminalidade violenta (acho eu), as reportagens foram maldosas. Não dá para falar em BF diminuindo a criminalidade e sim a criminalidade não violenta. A própria réplica do João Manuel deveria ter frisado este ponto. Enfim,
Saudações

Criticar um paper é absolutamente costumeiro na academia. Todo autor já teve seus artigos criticados, da metodologia a conclusão, por amigos, inimigos e transeuntes acadêmicos.

O problema mesmo é misturar uma crítica política, claramente advinda de uma pessoa que não faz idéia nem do que seja um MQO, se achando no direito de desclassificar uma cincia porque não gosta das conclusões (ou acha complicado demais entender como se chegou nelas, e onde podem estar os erros)

Seria equivalente a eu, com meus parcos e triviais conhecimentos de mecânica quantica, me achar no direito de dizer:

"essa história de bóson de Higgs é tudo cascata de ateu, bruxaria matemática!"

Acelino "Popó" Freitas

O BF causa aumento no número de jovens matriculados na escola?

O BF, em tese, pode sim aumentar o número de jovens matriculados nas escolas. É um dos requisitos, além das carteiras de vacinação atualizadas e renda das pessoas. São requisitos que qualificam a receber o BF.

Mas seria possível mensurar esse efeito?

E daria, por exemplo, para medir se existe relação negativa entre número de jovens matriculados em determinado bairro e queda da criminalidade?
Porque, nesse caso, haveria um efeito indireto do BF na redução da criminalidade, sim. Ao menos na minha humilde cabeça!haha

Estou tentando entender como o estudo em questão chegou a esse número. Foi a partir desse raciocínio?

Desculpem a desatenção ao escrever, mas nesse trecho o correto seria:

"E daria, por exemplo, para medir se existe relação POSITIVA entre número de jovens matriculados em determinado bairro e queda da criminalidade?"

Acho que por econometria, daria para definir variáveis para medir tais aspectos sim.
Não saberia dizer se o estudo em discussão teve esse enfoque, mesmo que marginal.
Aparentemente, não.